sexta-feira, 29 de abril de 2016

SER DE ESQUERDA

Ser de esquerda não tem, necessariamente, alguma relação com socialismo, comunismo ou marxismo.

Ser de esquerda é, antes de tudo, ter como norte a melhoria do panorama social da humanidade. É enxergar nas artes, jornalismo, caridade, política, educação, conversas diárias ferramentas de transformação social.

Ser de esquerda é, também, entender que uma sociedade socialmente menos injusta tem que, obrigatoriamente, aderir a valores progressistas. É, portanto, apoiar as diversas causas de minorias políticas, como negros/negras, mulheres e LGBT.

Ser de esquerda é, além disso, tratar da saúde do coletivo da mesma forma que se trata da saúde individual. Entender que, sendo bom para nós, é bom para mim (a inversa não é verdadeira).

Ser de esquerda é votar pensando na melhoria da vida dos mais pobres, além da minha. Defender que a mão do estado seja estendida antes àqueles que precisam mais.

Ser de esquerda é colocar a vida humana acima da saúde do mercado. Sempre optar por enxergar a questão humana envolvida em todas as questões da sociedade, mesmo quando os números parecem prevalecer.

Ser de esquerda é fugir da tendência à transformar vidas humanas em números e lembrar sempre que por trás de cada número de cada estatística há uma pessoa como eu. Dotada de amor, sonhos e sofrimento. De família, carinho e erros.

Ser de esquerda é uma forma de lançar os olhos ao mundo com tolerância, solidariedade e resistência.

Ser de esquerda é querer entregar aos meus filhos um mundo melhor do que aquele que encontrei.

Ser de esquerda é ter fé na espécie humana e num futuro melhor.

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