Ser de esquerda não tem, necessariamente,
alguma relação com socialismo, comunismo ou marxismo.
Ser de esquerda é, antes de tudo, ter como norte a melhoria
do panorama social da humanidade. É enxergar nas artes, jornalismo, caridade,
política, educação, conversas diárias ferramentas
de transformação social.
Ser de esquerda é, também, entender que uma sociedade
socialmente menos injusta tem que, obrigatoriamente, aderir a valores
progressistas. É, portanto, apoiar as diversas causas de minorias políticas,
como negros/negras, mulheres e LGBT.
Ser de esquerda é, além disso, tratar da saúde do coletivo
da mesma forma que se trata da saúde individual. Entender que, sendo bom para
nós, é bom para mim (a inversa não é verdadeira).
Ser de esquerda é votar pensando na melhoria da vida dos
mais pobres, além da minha. Defender que a mão do estado seja estendida antes
àqueles que precisam mais.
Ser de esquerda é colocar a vida humana acima da saúde do
mercado. Sempre optar por enxergar a questão humana envolvida em todas as
questões da sociedade, mesmo quando os números parecem prevalecer.
Ser de esquerda é fugir da tendência à transformar vidas
humanas em números e lembrar sempre que por trás de cada número de cada estatística
há uma pessoa como eu. Dotada de amor, sonhos e sofrimento. De família, carinho
e erros.
Ser de esquerda é uma forma de lançar os olhos ao mundo com
tolerância, solidariedade e resistência.
Ser de esquerda é querer entregar aos meus filhos um mundo
melhor do que aquele que encontrei.
Ser de esquerda é ter fé na espécie humana e num futuro
melhor.
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