sábado, 2 de abril de 2016

SOBRE DIAS SOMBRIOS

- Uma carta “vazada”, endereçada para o Presidente, tenta desestabilizar o governo. (1)
- Tenta-se, de toda forma, convencer de que o governo de situação é o mais corrupto de toda a história. (2)
- Critica-se ferrenhamente as relações entre governos latino-americanos e tentam associar o Presidente aos governos de outros países em crise. (3)
- Parcela bem peculiar da população sai às ruas em várias manifestações demonizando o governo de situação e, em meio a essas, alguns pedem intervenção militar.
- Na falta de delitos graves, um ex-presidente é acusado de ser dono de imóvel em nome de amigo. (4)
- Um ex-governador, bon vivant no Rio de Janeiro e muito influente nos meios de comunicação, que se apresenta como principal opção em relação ao governo de situação, espera que a queda do Presidente jogue a presidência em seu colo. Tal político tem ligações familiares com figura política conhecida. (5)
- Cerca de 500 mil pessoas saem em uma manifestação em março, com participantes que vão de extremistas a desiludidos com a política, além dos macartistas de costume. Boa parte dos carros, faixas e custos da manifestação é bancada pela elite econômica (que tem braços internacionais). Claro, as cores do Brasil se espalham, de camisas a faixas e bandeiras. (6)
- Em meio a uma crise econômica, sem conseguir agradar a seus apoiadores de costume e sofrendo oposição massiva, o governo se vê sem saída.
Achou familiar? Reconheceu algo? Deveria mesmo. Aconteceu tudo no seu país, em momentos que antecederam o golpe de 64.

*Referências:

(1) Plano Cohen, Getúlio.
(2) JK e Jango.
(3) Carta Brandi, Jango e o governo argentino.
(4) JK e o imóvel na Vieira Souto.
(5) Carlos Lacerda, tio-avô de Márcio Lacerda (prefeito de Belo Horizonte).
(6) Marcha da família, com Deus, pela liberdade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário